Se não bastasse os efeitos durante os seis meses após o início da Pandemia da COVID 19, algumas empresas se encontram frente a um cenário de desabastecimento das matérias primas, onde produtos como o Milho e o Farelo de Soja, disputado em dólar pelo mercado internacional, nos deixa com aumentos altos nos custos de formulação, pois elevam também os preços de outras proteínas, inclusive a animal de melhor valorização nas formulações de rações para organismos aquáticos . Outro ponto importante são as dificuldades de compra de embalagens, pois com a parada das indústrias destes produtos, os estoques baixaram. O consumidor está vendo que a carne bovina está se valorizando e isto está mudando a característica de consumo, tendo um aumento na procura por peixes e camarão, situação está que ajuda na valorização do peixe e do camarão para o produtor, mas não na mesma velocidade. Visualizamos que neste desafio, a busca deve ser por redução nos custos de criação e isto deve ter como foco a conversão alimentar, buscando produtos com melhor desempenho que baixem no FCA (Fator De Conversão Alimentar), tendo maior custo por saco, mas menor custo por quilo de peixe e camarão produzido. As importações de Salmão e Bacalhau caíram devido a proteção das fronteiras por causa do COVID 19, com isso o filé de Tilápia, Panga e outros peixes da aquicultura nacional, passaram a ter a preferência do consumidor brasileiro e com o aumento do consumo vieram os aumentos nos preços destes.
Nelson Pedacce,
Gerente Comercial de Rações